Tipo de Sítio: Arqueológico
Tipo de Acesso: Pedestre / Ciclável / Automóvel
Advertências: Arriba instável
A tradição piscatória nas águas desta finisterra mediterrânica encontra-se documentada desde tempos imemoriais. A investigação arqueológica na área da atual Praia da Boca do Rio tem vindo a revelar uma contínua exploração de recursos marinhos desde o Período Mesolítico até particamente aos nossos dias. Entre o século I e o século V d.C., gentes do Mundo Romano desenvolveram neste local um importante estabelecimento industrial especializado na produção de conservas e de outros preparados piscícolas. Esta indústria foi necessariamente alimentada pela atividade pesqueira nestas águas. Subsidiariamente, seria produzido sal no estuário. Mais tarde, já no século XVI, a praia serviu de base a uma almadrava de atum. As armações do atum constituíram uma importantíssima atividade económica, regulada por direito senhorial da própria Coroa Portuguesa. Na segunda metade do século XVIII o Marquês de Pombal criou um instituto estatal, de carácter monopolista, para melhor controlar esta atividade, a Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve.